TRADUTOR
domingo, 22 de junho de 2014
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
RAIZ DO BEM
O POETA MATUTO (1)
Geraldo do Norte
http://www.opoetamatuto.com.brhttp://radiomec.com.br/notabuleirodobrasil
Geraldo do Norte, vivendo hoje em Suruí (RJ), é uma viva representação da diversidade cultural do Rio de Janeiro. Nascido em Parelhas, sertão do Rio Grande do Norte, Geraldo produz e reproduz em solo carioca a mais legítima poesia dos bardos nordestinos revivendo em seus poemas a saga de um povo que extrai da terra – sua mais recorrente fonte de inspiração – a matéria lírica e a essência sertaneja que projetaram em todo o território nacional nomes como Patativa do Assaré, Zé Limeira e Cego Aderaldo.
Geraldo do Norte tem o programa "No Tabuleiro do Brasil" que vai ar ar todos os dias, de 3h a 6h da manhã, sob o comando de Geraldo do Norte, na Rádio Nacional AM do Rio – 1130 kHz.
Raiz do bem
(O que vem de cima cai o que sai de baixo nasce)
(Geraldo do Norte)
“Enquanto houver no Jacaré
nossa raiz do bem... Um Pé de samba plantado em Xerém”.
É assim que o velho e bom Jorge Curuca homenageia seu
compadre Monarco, o Monarca do Samba (Jacaré, onde vivia à
época deste samba) e seu amigo Zeca Pagodinho (Xerém, dos heróicos tempos do
Pagode da Intendente).
O que vem de cima cai pesado, impondo, corrompendo e
destruindo. Impõe quando políticos atrás de votos liberam licenças e até
que, supostamente, aprenderam no lar. Por exemplo, dos “meninos da Mangueira,
que, “receberam no Natal um pandeiro e uma cuíca” e que havia um Papai Noel,
“moleque sarará, primo irmão de dona Zica”. Os meninos de nossas comunidades,
hoje, estão recebendo o chamado “proibidão”, com uma máquina em cada birosca,
tocado a toda altura. Em cada clube, toneladas de som, em cada colégio uma boca
de fumo e, quando se fecha algum antro destes, o digno empresário só muda a sua
parafernália para o endereço mais próximo. Ou seja: Tal baile vende 10 milhões
de porcaria a cada fim de semana e os investigados, garçons, seguranças, cozinheiros,
pagam o pato. O empresário e seu staff saem imunes. É essa uma das fórmulas de
destruição da cidadania, da verdadeira cultura.
Outra praga, as concessões de meios de comunicação, sem
qualquer controle do que vão oferecer à nossa juventude. É assim que se mata na
fonte o potencial de uma juventude.
Extinguiram os festivais de favela, os sambas de quadra
deixaram as escolas, os próprios sambas enredos caíram de qualidade. O samba
não morre mas agoniza nos escritórios, com “mecenas” ganhando em duas ou três
escolas sem saber rimar capim com passarim.
Enquanto isso, várias equipes de bailes espalham sua caixas
de maldades pelos quatro cantos da cidade, com a cobertura das TVs comerciais.
O esquema é sórdido: usam alguns trouxas da comunidade, e põem no horário nobre
para justificar o toque popularesco dos programas.
Mas aí eu me pergunto: Será que está tudo perdido? Tudo
caindo? Eu digo que não. Porque vale o que nasce, o que está
nascendo. Sim! No meio deste mesmo povo, nasce a resistência. Ninguém mata uma
ideia, mesmo que teatros e cinemas se transformem em negócios evangélicos;
mesmo que máquinas de Karaokês trabalhem contra os neurônios; mesmo que neste
negócio pestilento, no qual se inclui tráfico e milícias, felizmente,
repito...Felizmente alguns jovens já percebem o que é essa estrutura podre, e
sabem enxergar o que está nascendo, brotando em alguns espaços mambembes com
alguns quixotes de nossa arte como o sanfoneiro Camarão, como Dominguinhos,
Abianto, Tio Bilia, Mário Zan, Zé Correia, que inspiram milhares de meninos
sanfoneiros e abre assim, um caminho para a esperança. Maciel Melo os chama de
“Passageiros dos Circos da Ilusão”, mas com uma ilusão que constrói o sonho.
Cito ainda, como radialista de um programa que faz cultura e que respeita as
manifestações regionais, nomes como os de Gedeão da Viola, Tião Carreiro,
Renato Andrade, Helena Meireles, Zé Coco do Riachão, que pariram os violeiros
às centenas, porquanto os violonistas saiam das cordas de Mão de Vaca, Rosinha
de Valença, João Pernambuco, Albano da Conceição, Dilermando Reis, Baden, Dino,
Rafael... Lembremos outros mestres que inspiram a garotada que pode transformar
nosso Brasil em um país mais artístico e portanto, decente e fraterno:
Pixinguinha, Abel, Jacob, Waldir... Dos grandes grupos de Choro e dos santos
sambistas, Silas, Candeia, Cartola, Noel...
Como escreveu meu amigo Luiz Carlos Máximo: “Vozes do
subúrbio, pontos de luz na escuridão.”
E Viva o samba! Viva a cultura do povo!
A DAMA DA LAPA
Aglaise Silva e Souza
Produtora Executiva da Rádio Viva o Samba
Nina Wirtti e
Regional Nacional...
Nina Wirtti e “Joana de Tal”
Parece que foi ontem!
No meio de uma tarde de primavera em 2010, recebi um
convite de meu irmão Caçula 7 Cordas para assistir a um show no Semente, onde
ele seria o músico convidado e homenageado.
Em meio aos compromissos do dia me organizei para ir ao
tal show...
Chegando ao Semente,
me deparei com um grupo de jovens músicos e uma cantora.
Era um regional como nos tempos do Rio Antigo e a
cantora...
Ah!!! A cantora era dona de uma voz perfeitamente
colocada e afinada que me transportou a um tempo que nunca vivi!
Me refiro aos anos dourados da Música Popular Brasileira,
quando as cantoras tinham voz marcante, estilo, presença de palco e caprichavam
na interpretação.
Sim! Foi isso que tive o prazer de presenciar e de me
embriagar durante aquela noite com tantas canções tiradas delicadamente de um
baú que há tempos não era tocado.
Os jovens músicos que estavam ali, mostravam um
conhecimento e sensibilidade que me levaram a renovar a esperança nesse
movimento que se faz na Nova Lapa e que ainda hoje luta para romper as
barreiras da mídia comercial.
Esses jovens cheios de talento... Mestres tão jovens!
Compositores excepcionais, cantores, pesquisadores dedicados... Estão todos aí
nesse cenário musical tão eclético, defendendo e divulgando para a nova geração
o que se fez de bom e dando um tratamento respeitoso e inovador sem afetar a
qualidade do que já foi feito e outros criando dentro dos padrões do velho, bom
e eterno samba e do choro.
O regional ainda não tinha nome. E eu, literalmente apaixonada pelo que vi, fiz um convite
para que eles fossem a um programa de rádio que na época eu produzia para a Web
Rádio Viva o Samba em parceria com Adelzon Alves na Rádio Nacional.
E me lembro com se fosse hoje, dos olhinhos deles
brilhando e aceitando o convite.
E foi ali, naquela noite de programa que surgiu o nome
REGIONAL NACIONAL.
De la pra cá esses músicos e a nossa Musa Nina Wirtti tem
nos presenteado com música de qualidade e noites inesquecíveis!
O Show do Semente já não acontece mais... E nos dá uma
tremenda saudade!
Mas agora só se ouve falar na “Joana de Tal”!
Nina Wirtti finalmente nos apresenta o seu primeiro CD
Joana de Tal, produzido por seu irmão Guto Wirtti e acompanhada por músicos de
primeiríssima linha (Yamandu Costa, Rafael Mallmith, Luis Barcelos, Tiago
Souza, Thiago da Serrinha,Aquiles Moraes, Joana Queiroz, Rui Alvim e Bebê
kramer).
O CD nos faz viajar no tempo e de tão agradável, já pude
até ouvir em roda de amigos que o CD gastou de tanto tocar!
Capa cd Joana de Tal - Nina Wirrti |
E é verdade! Eu particularmente acordo e corro para o Cd
player para amanhecer ouvindo aquela voz maravilhosa e os arranjos tão bem
executados!
Tive o privilégio de receber o CD em primeiríssima mão e
tocar na Rádio Viva o Samba em noite muito especial e se você ainda não
conhece, corra também para ouvir na Web Rádio Viva o Samba. http://www.radiovivaosamba.com.br
É música para ouvir com o coração!
Assista o vídeo e conheça o trabalho de qualidade de Nina Wirtti e do Regional Nacional
sábado, 19 de janeiro de 2013
VIVA A VÁRZEA
SOCIEDADE E COMUNIDADE (1)
Ações e resultados
Capítulo 1
VIVA A VÁRZEA
Os pés vermelhos
O trabalho que fazemos na Web Rádio Viva o Samba, nos gratifica quando temos o resultado em forma de recados, elogios e agradecimentos que recebemos através do nosso site. Todos os recados dos amigos ouvintes são respondidos, e às vezes com isso firma-se um vínculo de amizade que passa a ser uma rotina quase frequente de responder aos mesmos ouvintes mais de uma vez outros recados deixados.
Porque estou falando sobre isso?
Para dar início a esta seção "Sociedade e Comunidade", do Jornal da Rádio Viva o Samba, com a amizade que fizemos com o Vânio do Jardim Verônia, nos vemos hoje como parte dessa família. Então com satisfação o primeiro artigo da seção vai contar um pouco sobre os "pés vermelhos", o trabalho social e claro, "a várzea".
Viva o Samb...ops ! Hoje é, VIVA A VÁRZEA!
A história dos "Pés Vermelhos"
Contam que no passado os moradores caminhavam até a estação Comendador Ermelino Matarazzo a pé, para pegar o trem, meio de transporte usado para chegar ao trabalho.
O bairro muito carente, onde as ruas não eram todas asfaltadas, existiam muitos morros e, em consequência do barro que tinha nas ruas, principalmente nos dias de chuva, eram obrigados a colocar os sapatos "embaixo do braço" e caminhar descalços. Ao chegar na estação faziam fila para lavar os pés vermelhos de barro em uma torneira que ali havia, o que lhes rendeu o apelido de "pés vermelhos", apelido este aceito com muito orgulho para estes trabalhadores, pois representava suas raízes.
A fundação do clube
Fundado oficialmente em 26 de novembro de 1962, em uma reunião entre antigos amigos: Manelão, Seu Julio e Zé leite num bar da Rua Antonio Leite Penteado, nascia o Jardim Verônia Futebol Clube, um time com o nome da localidade onde todos moravam, embora amparado a um legado, o Bandeirantes que já disputara algumas partidas com esse nome no antigo campo da Banquímica.
Visite o Blog para conhecer esta história: http://jdveronia.blogspot.com.br/
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