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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

ENTREVISTA COM TUNINHO GALANTE


BUTECO VIVA O SAMBA (1)

Entrevista

TUNINHO GALANTE

Zona Norte - Baixada - Centro - Zona Sul - Carioca



O Jornal da Rádio Viva o Samba tem o imenso prazer em abrir a seção de entrevista com uma pessoa que muito nos identificamos e admiramos, pelo trabalho que ela faz pelo Samba a muito tempo.

Recebemos nesta primeira entrevista do Jornal da Rádio Viva o Samba, Antonio Galante ou melhor Tuninho Galante, cantor, compositor. violonista, produtor e arranjador.





"Nasceu no bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro e a partir dos 10 anos de idade mudou-se com a família para o bairro de Miguel Couto, em Nova Iguaçu, cidade da Baixada Fluminense. 
Começo a aprender violão aos 14 anos.

Fundador do selo musical Galante Discos (Cedro Rosa), pelo qual lançou vários discos, entre os quais o da pandeirista, compositora e cantora Clarice Magalhães.

Compôs as trilhas sonoras dos filmes "Segunda Guerra no Brasil", do diretor Luiz Moura Brasil e "Panair do Brasil", dirigido por Marco Altbert." 

fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira ( http://www.dicionariompb.com.br/tuninho-galante/biografia )


JRVS - Olá Antonio Galante! Ou melhor Tuninho Galante.
É um um grande prazer abrir a seção de entrevistas do Jornal da Rádio Viva o Samba com você, que muito nos identificamos pelo trabalho que faz pelo samba.

TG - Um grande prazer estar em tão boa companhia. 

JRVS - Então vamos as questões...Quem é Tuninho Galante?

TG - Tuninho Galante é um apaixonado por música e cultura brasileira, esse caos organizado chamado Brasil, repleto de tanta contradição, mas igualmente de tantas oportunidades, formado por um povo tão criativo. 

JRVS - A música cria várias alternativas para quem tem o dom de compor, no seu caso como surgem as composições?

TG - Eu faço música de qualquer jeito, no violão, na rua, escrevendo em pedaço de papel, ultimamente utilizando programas de computador de escrever partitura também. Adoro compor por encomenda, escolho alguns temas, converso com meu parceiro Marceu Vieira pela internet, enfim, tudo é motivo pra fazer música.

JRVS - Quais as influências para a relação "Tuninho e o Samba"?

TG - Nunca tinha pensado nisso até a pergunta. Ao invés de falar de influências, vou falar de artistas que ouço desde que era pequeno e gostava muito, na área de samba. Ataulfo Alves, adorava. Ary Barroso, ídem. Depois vieram João Nogueira, com quem vim a trabalhar, Paulinho da Viola e Herminio Bello de Carvalho, este com quem vim a compor também. E aquela geracão de Chico Buarque, Milton, Caetano, Chico, etc, além de Tom Jobim. Mas tenho paixão por Villa Lobos, Haroldo Barbosa, Baden Powell (com quem também vim a trabalhar), Nelson Cavaquinho, Cartola, Romildo e Toninho Nascimento, Noel Rosa, Ismael Silva, sensacional. Ollha, a lista é enorme. 

JRVS - Com os recursos da tecnologia envolvendo os meios de comunicação, o que você espera para o futuro da nossa música?

TG - Sou muito otimista, acho que quanto mais recursos, melhor, principalmente no sentido das possibilidades de execução pública, com rádios on line, mídias alternativas em locais públicos, telefones, etc.

JRVS - A opinião da RVS é que as oportunidades nos meios de comunicação poderiam ser melhores se bem aproveitados os talentos, os horários e o conteúdo apresentado.Você vem numa longa batalha contribuindo para a nossa música. Como você vê hoje o trabalho das rádios e TV's ?

TG - A TV virou o túmulo da música, logo ela que era impulsionada pela música. Grandes músicos já tiveram programas de TV, como Tom Jobim, João Roberto Kelly, Jair Rodrigues, Ivan Lins, etc. Hoje em dia raros programas de música ao ar de madrugada, virou um grande deserto. A rádio comercial toca as mesmas músicas por interesses comerciais que nem quero falar, não existem programas que valorizem a produção autoral, é uma pena. Mas a vida se renova, as vezes é preciso que se vá ao fundo do poço para uma volta e uma reinvenção.

JRVS - Vamos falar um pouco do seu seu trabalho e projetos? Fique a vontade para descrvê-las.

TG - Inúmeros projetos, que estou tentando viabilizar financeiramente, através de programas de incentivo. Temos, Marceu Vieira e eu, o musical SINFONIA DA VIDA A DOIS aprovado, para ser montado esse ano. É um musical brasileiro, que fala da vida de um casal, com músicas inéditas, muitos sambas, naturalmente. Pretendo também fazer o segundo Cd Edição do Autor, com Marceu e outros convidados. Tenho projetos instrumentais bem adiantados, ligados a violão acústico e guitarra elétrica como solistas. Estou finalizando uma série de quarteto de cordas, com música brasileira instrumental. Terminamos o filme PARTIDEIROS, que estreamos no Festival do Rio em 2012  e estamos preparando o lançamento comercial para este ano. 

JRVS - Suas produções musicais:

TG - As últimas produções musicais são os CDs CLARICE MAGALHÃES, o CD RODA DE SAMBA DE PARTIDO ALTO (que também é o filme PARTIDEIROS), e o CD Edição do Autor, todos lançados pela gravadora e produtora CEDRO ROSA.

JRVS - Com os contatos que a Rádio Viva o Samba faz nas redes sociais, certificamos que a nossa música é apreciada e reverenciada em vários continentes. Você acha que falta informação para o nosso povo conhecer mais a nossa cultura?

TG - EU fico impressionado com isso. Os acessos ao meu blog (tuninhogalante.blogspot.com.br) são mais dos exterior do que do Brasil. O interesse dos estrangeiros pela música contemporânea brasileira independente é impressionante. E no Brasil, diria que existe quase que um desprezo. Não entendo isso. Mas não paro de trabalhar, não desisto, vou em frente.
Mas fico um pouco triste com isso. 

JRVS - É reduntante perguntar. Mas você é a favor do ensino de música nas escolas? Colocaria alguma sugestão?

TG - Evidente que sim, mas com cuidado, partindo de coisas interessantes, de músicas que os estudantes gostem para o lado teórico. Senão vai ficar chato. 

JRVS - Hoje no Rio de Janeiro o bairro da Lapa é o núcleo de um encontro de culturas diversas, mas sabendo que você foi criado na baixada fluminense, fale um pouco sobre o desenvolvimento nesta área.

TG - Passei dos 5 aos 20 anos na Baixada Fluminense, em Miguel Couto e Nova Iguaçu. Ali foi minha base cultural, adorei, uma época muito rica. Quando me lembro que meu primeiro show, em Nova Iguaçu, que se chamava "COM A CARA E A CORAGEM" e fiz com meu parceiro na época, o Antonio Rocha, e que deu mais de mil pessoas, no auditório do Instituto de Educação, com chamada na novela e no jornal Nacional da TV Globo, custo a acreditar. Era um momento de grande efervescência cultural. Quando vim para o Rio, trouxe muita daquela elan comigo. Sou muito agradecido a infância e juventude que tive.

JRVS - O seu lado social é muito presente. Nos fale sobre o Embaixada do Samba.

TG - Foi o primeiro disco de minha primeira gravadora, que se chamava Galante Discos. Isso, em 1990. E era uma forma de agradecer a Baixada Fluminense pela minha formação humana e cultural. Como eu tinha saído de lá e já tinha uma boa bagagem profissional, achei que seria legal fazer um disco dedicado aos grandes valores daquele lugar de grandes talentos. Adoro o disco até hoje. Um dia desses, vi um a venda num desses sebos virtuais por uma fortuna. Virou cult. 

JRVS - Tuninho Galante, muito nos honra ter você como parceiro e saber que é uma semente que cultua e respeita o Samba. Obrigado por esta participação, as portas da Rádio Viva o Samba estarão sempre abertas para o seu trabalho.
Deixe um recado agora para os amigos leitores e ouvintes da Rádio Viva o Samba.

TG - Continuem a prestigiar a Rádio Viva o Samba, não se dêem por satisfeitos com a programação medíocre que outros veículos comerciais oferecem. Duvidem sempre da mesmice e fiquem atentos aos novos talentos. Sempre que puderem, divulguem em todos os meios a Rádio Viva o Samba.


Brasileiro da Gema de Tuninho Galante e Marceu Vieira
Brasileiro da Gema é um hino de amor ao Rio de Janeiro. Fala do espírito carioca através de situações, músicas, blocos carnavalescos e ícones da cidade. Esta gravação faz parte do Cd Edição do Autor, de Tuninho Galante e Marceu Vieira, lançado pela Cedro Rosa.




Quer conhecer mais sobre Tuninho Galante? Acesse o Blog  http://tuninhogalante.blogspot.com.br/

REFLEXÃO DE CARNAVAL - Flavio Oliveira do Salgueiro

TEMPO DE RECOMEÇAR (1)

Flávio Oliveira do Salgueiro

www.flavioliveira.com



Com mais de 20 anos na atividade musical, várias músicas gravadas e participação na formação de diversos grupos musicais, integrante da ala de compositores da escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro, o advogado militante, com larga experiência em Direito do Trabalho, Flavio Oliveira faz palestras em Universidades, destacando-se a Universidade Estácio de Sá, com o tema “DO FORUM AO SAMBÓDROMO” “DA LINGUÁGEM FORENSE A LINGUAGEM DO SAMBA ENREDO”.

Como profissional do direito, transmite aos alunos toda a sua experiência e a importância da formação da linguagem técnica do advogado mas, mostra também a necessidade deste profissional em conhecer a formação da linguagem popular, entendendo-a e se fazendo entender, assim como ocorre com a confecção de um samba enredo, que é a forma mais popular da expressão da linguagem. Estas palestras, invariavelmente terminam com uma apresentação musical. Flavio Oliveira tem o seu site www.flavioliveira.com, visite e conheça mais sobre este artista


REFLEXÃO DE CARNAVAL


       Partindo da frase antológica de um dos mestres do samba,   Nelson Sargento da Mangueira, de que "O SAMBA AGONIZA MAS NÃO MORRE", vamos analisar o carnaval do Rio de Janeiro.

No início das atividades para o carnaval de 2013, onde as diversas agremiações  carnavalescas divulgam seus enredos. E como sempre, às diretorias afirmam de forma categórica de que nas suas agremiações, no que tange a samba enredo, "Vai  Ganhar o melhor" e, todos nós, sambistas convictos e praticantes, acreditamos que sim, mas, existem algumas questões que não encontram respaldo ou resposta para um raciocínio lógico, como por exemplo:

1 – Porque que todas, ou a maioria das escolas de samba abriram as suas alas de compositores? Se verificarmos a maioria dos autores dos sambas campeões, nos últimos anos, das diversas agremiações, não existe mais o compositor com a identidade da escola (estilo, linha melódica, letra), porque? Com raras exceções, a maioria dos sambas vencedores, não são assinados pelos compositores da escola, mas sim, por convidados. Com isso, após a escolha dos sambas, as agremiações ficam vazias, pois as torcidas organizadas e contratadas durante o certame desaparecem e, a partir de então, o samba escolhido, fica por conta das respectivas comunidades, que por muitas vezes e,  a contra gosto, ficam com a incumbência de engolir a obra escolhida, digeri-la e torná-la aprazível para o público em geral. Nem sempre conseguem.

 2 –Há que se questionar também, a maioria dos sambas de hoje são escolhidos pela sua qualidade? Pela devida descrição do enredo, com a melodia adequada?  Ou pela quantidade de pessoas que colocam na quadra? (torcida organizada, adereços, bolas, canhões de papel picado, patrocínio etc...), melhor dizendo, pelo investimento econômico? Isso sem contar com os valiosos e valorosos intérpretes profissionais contratados, que normalmente dão um brilho diferente da característica da escola, o que, depois da escolha, nem sempre funciona na voz do cantor oficial daquela agremiação e, no seu andamento de desfile.

 3 – Sem querer ser saudosista, não faz muito tempo em que os integrantes do departamento musical das diversas escolas (compositores, intérpretes, músicos, ritmistas) depois de muito tempo de janela e, de pleno exercício de suas atividades, eram convocados para  a ala de harmonia das suas escolas e, eram respeitados, pois todos da comunidade do samba tinham conhecimento do seu histórico naquela agremiação ou em outras e, foi assim que surgiram os consagrados diretores de harmonia. Tanto isso é verdade que, os craques do carnaval até hoje são respeitados e sabem o que fazem, como por exemplo, Laila, Chope, Sabiá, Xangô, e outros... pois,  no samba, assim como em qualquer atividade,  existe um diferença enorme entre iniciativa e peruada. A escolha de um bom samba é imprescindível para o sucesso de uma escola, pois, além do seu próprio quesito (samba enredo), ainda tem influência direta nos quesitos Harmonia, Evolução, Bateria, Conjunto, Mestre sala e Porta Bandeira, quesitos esses que necessitam de uma escolha acertada, para terem uma boa nota, ou melhor, não perder pontos.  Não basta a escola ter um bom enredo ou, a excelência em alegoria ou adereço.

 4 – Pelo que se vê hoje, a maioria das escolas, não dão o devido valor aos seus compositores e, por isso, não os utilizam naquilo que sabem fazer por vocação que é o samba e, a sua utilização na  harmonia (perfeita sintonia do canto com a dança; evolução tranqüila e harmônica, compactação das alas sem que se torne um desfile militar) com uma boa letra (síntese descritiva do enredo) com uma boa descrição  poética e, infelizmente, quem paga com isso, normalmente, é a própria agremiação. Que saudade dos grandes carnavais, como por exemplo, de Peguei o Ita no Norte, quando o Salgueiro explodiu o coração do País em 1983, do tricampeonato da Beija flor de 1976, 1977 e 1978, dos memoráveis campeonatos da Portela e da Mangueira; das disputas acirradas pela qualidade dos sambas do Império Serrano. Nessas ocasiões, a disputa dos sambas não se encerrava na quadra com a escolha na escola, pois após a decisão nas diversas agremiações, havia uma saudável disputa e concurso popular entre os hinos escolhidos antes mesmo do desfile oficial, sambas, que até hoje são cantados, passando por gerações, pois a qualidade do samba era a condição "sine qua non" para a sua escolha. Um alô de agradecimento e reconhecimento ao grande Baianinho da escola Em cima da Hora, Edeor de Paula dos Sertões, do Cabana na Beija Flor, ao Mestre Fuleiro, ao Paulo da Portela, Geraldo Babão,  Toco da Padre Miguel, Zé Catimba da Imperatriz, Silas de Oliveira, David Correa, Noca da Portela, Aluísio Machado, Zuzuca, Dede, Dida, Didi da União da Ilha e tantos outros, pela obra deixada... Fica aqui uma pergunta que não quer calar: Se (Silas de Oliveira, Cartola, Carlos Cachaça, Geraldo Babão, Toco, Dida, Dedé, Noel Rosa de Oliveira, e outros) se ainda estivessem vivos, teriam alguma chance nos concurso de samba de hoje? E porque que as suas obras se tornaram eternas?

 5 – E as alas de passistas, cabrochas, ritmistas que eram ovacionados pelo público nacional e principalmente, pelos turistas.  Hoje, está banalizada ou, nivelada por baixo, as atividades de passista, ritmista, mestre sala, diretor de carnaval ou de harmonia e, o que é pior, tem carnavalesco que não gosta de passistas e, por isso, proíbe que os mesmos ingressem com as suas roupas brancas em seus enredos (salve Vitamina do Salgueiro, saudade de Gargalhada, Delegado, etc..., que eram passistas e não coreógrafos). Há que se registrar a maior heresia, que constantemente assistimos, nos diversos ensaios e desfiles de algumas escolas, que são as baianas sendo obrigadas por jovens diretores a coreografar sua dança com passos marcados; rodando para o mesmo lado em determinada frase do samba e se voltam para o outro, no refrão seguinte, mãozinha pra cima, mãozinha pro lado, ou seja, um enorme desrespeito, as nossas mães baianas, entidade maior de uma escola de samba, que deveria merecer mais respeito daqueles que, com toda a certeza, desconhecem a história do samba, o papel e, a importância das baianas em uma escola de samba.

 6 - Mas, como o sambista não se entrega e nem esmorece, seguindo a frase do baluarte da Verde e Rosa Nelson Sargento "O samba agoniza, mas não morre", e não vamos deixar que morra. Pois não é possível que permitam que alguns alienígenas matem ou, descaracterizem a tradição do carnaval carioca, pois o carnaval, o samba, as escolas de samba, com todos os problemas existentes, ainda representam uma das maiores expressões da cultura desse País.

7 - Vamos aguardar a nova safra dos sambas, os enredos e, o desenvolvimento do carnaval para 2013, dando um voto de confiança aos dirigentes das diversas agremiações para que o carnaval de 2013 seja o melhor espetáculo da terra na acepção da palavra. Salve o Samba. E que, realmente vença o melhor.

UM MARTELO PRO CARTOLA - Victor Alvim Lobisomem


QUINTAL DO LOBISOMEM (1)

Victor Alvim

quintal-do-lobisomem.blogspot.com.br  


Nascido no Rio de Janeiro, capoeirista discípulo de Mestre Camisa e membro da ABADÁ-CAPOEIRA, poeta popular membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, onde ocupa a cadeira 27 tendo como patrono o poeta pernambucano Severino Milanês. Compositor e cantador, depois de participar de 7 cds da ABADÁ-CAPOEIRA, lançou em 2009 seu primeiro cd solo intitulado CAPOEIRA POPULAR BRASILEIRA.

Victor Alvim o Lobisomem nome de batismo na capoeira, atua no espetáculo musical BESOURO CORDÃO DE OURO de Paulo Cesar Pinheiro. Lobisomem tem o seu blog Quintal do Lobisomem ( quintal-do-lobisomem.blogspot.com.br ).

A Rádio Viva o Samba (www.radiovivaosamba.com.br) agradece e sente-se honrada com a colaboração do nosso amigo para o Jornal da Rádio Viva o Samba.


UM MARTELO PRO CARTOLA

Foto Victor Alvim diante a estátua de Cartola no Centro Cultural Cartola
Victor Alvim no Centro Cultural Cartola

No dia 11 de outubro, o grande poeta Angenor de Oliveira, o Cartola da Mangueira foi lembrado, nos seus 104 anos. Então, fui convidado para participar no sábado dia 6 de outubro, do evento da ABADÁ-CAPOEIRA no Centro Cultural que leva seu nome apresentando um pequeno cordel que escrevi em sua homenagem. Preparei um martelo agalopado, modalidade do cordel onde, as estrofes são de 10 versos de 10 sílabas cada. Eis meu pequeno tributo ao grande mestre:




UM MARTELO PRO CARTOLA
Autor: Victor Alvim (Lobisomem)

Lá no morro desponta a alvorada
Eu levando correndo e olho o céu
Uma nuvem descortinando um véu
Emoldura com sua cor rosada
A Mangueira uma árvore sagrada
Baobá do sambista brasileiro
Seu cenário é o Rio de Janeiro
O sol nasce trazendo um bom dia
Tingindo com as cores da poesia
A estação do seu poeta primeiro

Nestas cores eu busco inspiração
Verde e rosa combinação perfeita
É chegada a hora da colheita
Na Mangueira poesia é tradição
Feito fruta no pé, raiz no chão
Neste chão que o menino joga bola
Na favela onde tanta coisa rola
Onde mora um povo tão bonito
Neste solo o poeta fez se mito
Neste chão que viveu mestre Cartola

O seu nome Angenor de Oliveira
Veio ao mundo cumprir sua missão
Fazer música com alma e coração
E fundar sua estação primeira
A escola de samba de Mangueira
Onde o mestre Cartola foi reitor
Dedicou sua vida com amor
E a Mangueira hoje é orgulhosa
Deste mito e herói da verde e rosa
O querido Cartola Angenor

Quando o mundo me vem feito um moinho
Triturando meus sonhos e ilusões
Eu começo a lembrar suas canções
E cantar suas músicas sozinho
Eu disfarço e choro um pouquinho
Pro inverno do tempo amenizar
Na verdade o que me faz chorar
É a saudade que o Cartola deixou
E a Mangueira toda também chorou
Quando foi para o céu com Deus cantar

E até mesmo as rosas que não falam
Porém choram sua falta sentindo
Mas quando alguém me ver sorrindo
São sambas de Cartola que me embalam
E o perfume que as rosas exalam
Trazem sua presença e energia
Entre as cordas de aço e a bateria
Da Mangueira sua querida escola
Corro, olho pro céu, vejo Cartola
E meu peito explode de alegria


Clique no link abaixo e assista o vídeo gravado no Centro Cultural Cartola: 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

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ANO I - Número 1


JORNAL DA RÁDIO VIVA O SAMBA" um informativo da Web Rádio Viva o Samba, notícias do que acontece no mundo da música, entrevistas, agenda de shows e eventos, lançamentos, dicas, receitas e muito mais.

Agora você poderá ficar bem informado e ouvir uma boa música.

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