TRADUTOR

Mostrando postagens com marcador Buteco Viva o Samba. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Buteco Viva o Samba. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 12 de setembro de 2017

SAMBA NA LAPA dia 17/09

Tem Samba acústico na Lapa! Na sede de trazer novamente à Lapa o Samba como foi inventado, na voz, na palma, no coro e na raça, é que se criou o Samba Na Lapa!

A nossa segunda edição será no dia 17 de setembro, isso mesmo no domingo e contará com músicos da Nova Geração e alguns que já tem muita história pra contar.
O repertório?
A Roda Acústica nos traz possibilidades além do mecânico e do ensaiado, então passearemos por onde quisermos, segundo o tema, o clima ou a vontade no momento. Vamos de Ismael a Pagodinho e de Dicró a João da Baiana sem medo de sermos felizes.

A comida?
A parte gastronômica ficará por conta da Chef Dandara Batista, que servirá sua já famosa feijoada.

Fora só isso tudo, vocês estarão num dos espaços mais charmosos de toda a região central, no Caipi Hostel 373.

Você vai perder? Duvido demais!

Ahhhh, se souber tocar um pandeiro, uma caixa de fósforo ou até um ovinho chocalho, leva pra ajudar a gente, tá?!

Serviço:

Couvert artístico: R$15,00 (pagamento em dinheiro na entrada)

Feijoada à parte valor R$25,00

Endereço:  Av. Gomes Freire, 373 - Lapa - Rio de Janeiro.

Até lá!"
https://www.facebook.com/events/115851102438698/?ti=as

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

ENTREVISTA COM TUNINHO GALANTE


BUTECO VIVA O SAMBA (1)

Entrevista

TUNINHO GALANTE

Zona Norte - Baixada - Centro - Zona Sul - Carioca



O Jornal da Rádio Viva o Samba tem o imenso prazer em abrir a seção de entrevista com uma pessoa que muito nos identificamos e admiramos, pelo trabalho que ela faz pelo Samba a muito tempo.

Recebemos nesta primeira entrevista do Jornal da Rádio Viva o Samba, Antonio Galante ou melhor Tuninho Galante, cantor, compositor. violonista, produtor e arranjador.





"Nasceu no bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro e a partir dos 10 anos de idade mudou-se com a família para o bairro de Miguel Couto, em Nova Iguaçu, cidade da Baixada Fluminense. 
Começo a aprender violão aos 14 anos.

Fundador do selo musical Galante Discos (Cedro Rosa), pelo qual lançou vários discos, entre os quais o da pandeirista, compositora e cantora Clarice Magalhães.

Compôs as trilhas sonoras dos filmes "Segunda Guerra no Brasil", do diretor Luiz Moura Brasil e "Panair do Brasil", dirigido por Marco Altbert." 

fonte: Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira ( http://www.dicionariompb.com.br/tuninho-galante/biografia )


JRVS - Olá Antonio Galante! Ou melhor Tuninho Galante.
É um um grande prazer abrir a seção de entrevistas do Jornal da Rádio Viva o Samba com você, que muito nos identificamos pelo trabalho que faz pelo samba.

TG - Um grande prazer estar em tão boa companhia. 

JRVS - Então vamos as questões...Quem é Tuninho Galante?

TG - Tuninho Galante é um apaixonado por música e cultura brasileira, esse caos organizado chamado Brasil, repleto de tanta contradição, mas igualmente de tantas oportunidades, formado por um povo tão criativo. 

JRVS - A música cria várias alternativas para quem tem o dom de compor, no seu caso como surgem as composições?

TG - Eu faço música de qualquer jeito, no violão, na rua, escrevendo em pedaço de papel, ultimamente utilizando programas de computador de escrever partitura também. Adoro compor por encomenda, escolho alguns temas, converso com meu parceiro Marceu Vieira pela internet, enfim, tudo é motivo pra fazer música.

JRVS - Quais as influências para a relação "Tuninho e o Samba"?

TG - Nunca tinha pensado nisso até a pergunta. Ao invés de falar de influências, vou falar de artistas que ouço desde que era pequeno e gostava muito, na área de samba. Ataulfo Alves, adorava. Ary Barroso, ídem. Depois vieram João Nogueira, com quem vim a trabalhar, Paulinho da Viola e Herminio Bello de Carvalho, este com quem vim a compor também. E aquela geracão de Chico Buarque, Milton, Caetano, Chico, etc, além de Tom Jobim. Mas tenho paixão por Villa Lobos, Haroldo Barbosa, Baden Powell (com quem também vim a trabalhar), Nelson Cavaquinho, Cartola, Romildo e Toninho Nascimento, Noel Rosa, Ismael Silva, sensacional. Ollha, a lista é enorme. 

JRVS - Com os recursos da tecnologia envolvendo os meios de comunicação, o que você espera para o futuro da nossa música?

TG - Sou muito otimista, acho que quanto mais recursos, melhor, principalmente no sentido das possibilidades de execução pública, com rádios on line, mídias alternativas em locais públicos, telefones, etc.

JRVS - A opinião da RVS é que as oportunidades nos meios de comunicação poderiam ser melhores se bem aproveitados os talentos, os horários e o conteúdo apresentado.Você vem numa longa batalha contribuindo para a nossa música. Como você vê hoje o trabalho das rádios e TV's ?

TG - A TV virou o túmulo da música, logo ela que era impulsionada pela música. Grandes músicos já tiveram programas de TV, como Tom Jobim, João Roberto Kelly, Jair Rodrigues, Ivan Lins, etc. Hoje em dia raros programas de música ao ar de madrugada, virou um grande deserto. A rádio comercial toca as mesmas músicas por interesses comerciais que nem quero falar, não existem programas que valorizem a produção autoral, é uma pena. Mas a vida se renova, as vezes é preciso que se vá ao fundo do poço para uma volta e uma reinvenção.

JRVS - Vamos falar um pouco do seu seu trabalho e projetos? Fique a vontade para descrvê-las.

TG - Inúmeros projetos, que estou tentando viabilizar financeiramente, através de programas de incentivo. Temos, Marceu Vieira e eu, o musical SINFONIA DA VIDA A DOIS aprovado, para ser montado esse ano. É um musical brasileiro, que fala da vida de um casal, com músicas inéditas, muitos sambas, naturalmente. Pretendo também fazer o segundo Cd Edição do Autor, com Marceu e outros convidados. Tenho projetos instrumentais bem adiantados, ligados a violão acústico e guitarra elétrica como solistas. Estou finalizando uma série de quarteto de cordas, com música brasileira instrumental. Terminamos o filme PARTIDEIROS, que estreamos no Festival do Rio em 2012  e estamos preparando o lançamento comercial para este ano. 

JRVS - Suas produções musicais:

TG - As últimas produções musicais são os CDs CLARICE MAGALHÃES, o CD RODA DE SAMBA DE PARTIDO ALTO (que também é o filme PARTIDEIROS), e o CD Edição do Autor, todos lançados pela gravadora e produtora CEDRO ROSA.

JRVS - Com os contatos que a Rádio Viva o Samba faz nas redes sociais, certificamos que a nossa música é apreciada e reverenciada em vários continentes. Você acha que falta informação para o nosso povo conhecer mais a nossa cultura?

TG - EU fico impressionado com isso. Os acessos ao meu blog (tuninhogalante.blogspot.com.br) são mais dos exterior do que do Brasil. O interesse dos estrangeiros pela música contemporânea brasileira independente é impressionante. E no Brasil, diria que existe quase que um desprezo. Não entendo isso. Mas não paro de trabalhar, não desisto, vou em frente.
Mas fico um pouco triste com isso. 

JRVS - É reduntante perguntar. Mas você é a favor do ensino de música nas escolas? Colocaria alguma sugestão?

TG - Evidente que sim, mas com cuidado, partindo de coisas interessantes, de músicas que os estudantes gostem para o lado teórico. Senão vai ficar chato. 

JRVS - Hoje no Rio de Janeiro o bairro da Lapa é o núcleo de um encontro de culturas diversas, mas sabendo que você foi criado na baixada fluminense, fale um pouco sobre o desenvolvimento nesta área.

TG - Passei dos 5 aos 20 anos na Baixada Fluminense, em Miguel Couto e Nova Iguaçu. Ali foi minha base cultural, adorei, uma época muito rica. Quando me lembro que meu primeiro show, em Nova Iguaçu, que se chamava "COM A CARA E A CORAGEM" e fiz com meu parceiro na época, o Antonio Rocha, e que deu mais de mil pessoas, no auditório do Instituto de Educação, com chamada na novela e no jornal Nacional da TV Globo, custo a acreditar. Era um momento de grande efervescência cultural. Quando vim para o Rio, trouxe muita daquela elan comigo. Sou muito agradecido a infância e juventude que tive.

JRVS - O seu lado social é muito presente. Nos fale sobre o Embaixada do Samba.

TG - Foi o primeiro disco de minha primeira gravadora, que se chamava Galante Discos. Isso, em 1990. E era uma forma de agradecer a Baixada Fluminense pela minha formação humana e cultural. Como eu tinha saído de lá e já tinha uma boa bagagem profissional, achei que seria legal fazer um disco dedicado aos grandes valores daquele lugar de grandes talentos. Adoro o disco até hoje. Um dia desses, vi um a venda num desses sebos virtuais por uma fortuna. Virou cult. 

JRVS - Tuninho Galante, muito nos honra ter você como parceiro e saber que é uma semente que cultua e respeita o Samba. Obrigado por esta participação, as portas da Rádio Viva o Samba estarão sempre abertas para o seu trabalho.
Deixe um recado agora para os amigos leitores e ouvintes da Rádio Viva o Samba.

TG - Continuem a prestigiar a Rádio Viva o Samba, não se dêem por satisfeitos com a programação medíocre que outros veículos comerciais oferecem. Duvidem sempre da mesmice e fiquem atentos aos novos talentos. Sempre que puderem, divulguem em todos os meios a Rádio Viva o Samba.


Brasileiro da Gema de Tuninho Galante e Marceu Vieira
Brasileiro da Gema é um hino de amor ao Rio de Janeiro. Fala do espírito carioca através de situações, músicas, blocos carnavalescos e ícones da cidade. Esta gravação faz parte do Cd Edição do Autor, de Tuninho Galante e Marceu Vieira, lançado pela Cedro Rosa.




Quer conhecer mais sobre Tuninho Galante? Acesse o Blog  http://tuninhogalante.blogspot.com.br/